segunda-feira, 28 de setembro de 2015

FALSA ESPERANÇA

Arte de René Magritte 

Existe a questão metafísica se a mulher deve ou não transar no primeiro encontro ou se ela deve fazer tudo na primeira noite ou se guardar para as próximas saídas.

Ao homem, não resta alternativa. Ele não tem nada para economizar, nada para esconder, nada a deixar para depois, nenhuma arma secreta, nenhuma carta na manga, nenhum segredo de alcova, coisíssima alguma para prolongar o mistério e dilatar o suspense.

Ele sempre será exatamente o que foi na estreia.

Oferecerá serviço completo de cara. Há uma honestidade inadiável de sua parte.

Não tem direito ao pudor. Não tem condições de planejar estratégias e se preservar para mais adiante.

Não há níveis em seu joguinho.

O sexo não melhora com o tempo. A transa masculina não se aperfeiçoa com a intimidade.

Não mantenha esperança alguma da mudança do quadro. Se o sexo foi ruim de saída, continuará ruim no decorrer da relação.

Homem é regularidade. Homem é constância. Homem é um livro com a história escancarada na capa.

Ouça meu comentário na Rádio Itapema na tarde dessa segunda (28/9), às 13h, apresentação de Denise Cruz: